MUNICÍPIO SUSPENDE VIAGENS PARA TRATAMENTO MÉDICO DE CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS, E FAMÍLIA DESABA: “MEU FILHO ESTÁ SEM ACOMPANHAMENTO, ESTOU DESESPERADA”

Uma denúncia feita por um morador de Muniz Freire revela uma realidade dura e revoltante que vem sendo enfrentada em silêncio por muitas famílias do município: a suspensão das viagens para tratamento médico especializado fora do domicílio. O caso mais recente envolve uma criança que há 13 anos faz acompanhamento no Rio de Janeiro, e que, desde o meio do ano passado, está sem atendimento por falta de transporte da Prefeitura.

 

“Há treze anos meu filho faz tratamento no Rio de Janeiro, e sempre a Prefeitura me levava. Do meio do ano passado pra cá, eles suspenderam as viagens, não estão me levando mais. Não sei o que fazer. Meu filho tá sem o acompanhamento médico. Isso é muito triste para mim e para os outros também que precisam.” — relatou o pai Jovenil Bozi Filho, emocionado.

 

O caso escancara um drama que não é isolado. Outras famílias também estariam sendo prejudicadas com a interrupção desse serviço essencial, que durante anos funcionou como um apoio vital para pacientes que dependem de tratamentos contínuos em outras cidades ou estados.

 

E o mais grave: não há qualquer explicação oficial, nem solução apresentada pela atual gestão do prefeito Dito Silva. O silêncio da Prefeitura diante de tanto sofrimento é inaceitável. A omissão do chefe do Executivo não só ofende o princípio da dignidade humana — ela custa vidas.

 

A pergunta que fica é: por que o prefeito Dito Silva suspendeu essas viagens? Onde estão os recursos da saúde? Por que não há transparência? Há previsão de retomada?

 

O direito à saúde é constitucional, e o tratamento fora do domicílio (TFD) é regulamentado pelo Ministério da Saúde justamente para garantir o acesso de pacientes a serviços que não existem em sua cidade de origem. A ausência desse suporte não apenas compromete tratamentos — coloca vidas em risco.

 

É inadmissível que, por má gestão, falta de planejamento ou pura insensibilidade, crianças e adultos deixem de receber acompanhamento médico por omissão direta da atual administração.

 

O povo de Muniz Freire precisa cobrar. Precisa exigir. Precisa ser ouvido. E o prefeito Dito Silva precisa responder.

 

Hoje é com um pai. Amanhã pode ser com qualquer um de nós.

 

A saúde não pode esperar. E a vida do povo não é descartável.