Empresária do ES diz que xingou nordestinos após beber e tomar zolpidem

Empresária do ES diz que xingou nordestinos após beber e tomar zolpidem

 

A empresária Eliziane Santos Neves, moradora de Cariacica, pediu desculpas e disse que está arrependida após ter publicado um vídeo, em outubro de 2022, nas redes sociais, xingando e ofendendo os nordestinos e proferindo palavras de ódio.

 

O vídeo foi postado após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, neste domingo, que deu a vitória para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os insultos viralizaram na internet.

 

“Parabéns, bando de passa-fome do Nordeste”, ela começa dizendo. Ao fundo do vídeo, é possível ver uma piscina e uma bandeira do Brasil estendida.

 

Entretanto, meses após as agressões verbais, em entrevista ao programa Fala ES, da TV Vitória/ Record TV, a empresária afirma que as palavras ocorreram em consequência de atos ocorridos durante a tarde.

 

“Naquele dia eu tinha bebido muito durante a tarde, eu também tomei remédio, o Zolpidem – medicamento para insônia- coloquei a cabeça no travesseiro e dormi. De repente, eu levantei e não lembro mais de nada”, disse em entrevista.

 

Ainda segundo Eliziane, ela se arrepende de todas as palavras que foram proferidas, onde ficou envergonhada ao se referir da região do Nordeste dessa forma. “Me arrependi. Eu conheci toda aquela tristeza, vim do Nordeste, nunca falaria mal de um povo tão batalhador se estivesse sóbria” ressalta.

 

“Tiro uma grande lição”

Após toda a repercussão, a empresária destaca que aprendeu uma grande lição, principalmente de não misturar bebida alcoólica, remédios e publicações nas redes sociais.

 

“Estou respondendo a um processo do Ministério Público. Já fui na primeira audiência e agora estou esperando para ser chamada para a segunda, estou consciente de todos os meus atos e vivendo a consequência”, desabafou.

 

O que disse a Polícia Civil

À época, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) informou que teve conhecimento do caso. Reforçou que “considerando a necessidade de reprimir condutas que imprimem delitos envolvendo práticas de intolerância, discriminação, preconceito, injúria, racismo e o discurso de ódio, a fim de preservar a ordem pública e a dignidade da condição humana, encaminhou o caso, com caráter de urgência, para ser apurado pela Superintendência de Polícia Regional Metropolitana (SPRM)”.