O Teatro do Cinismo: Irmãs do Prefeito Dito Silva (PSB) de Muniz Freire Intensificam Ações de Cooptação Política com Estratégia de Persuasão e Silenciamento Popular. Entre o Poder e o Abuso: O Teatro da Cooptação em Muniz Freire à Luz da Semana Santa. Muniz Freire Não é Feudo!

Vivemos a Semana Santa — tempo de recolhimento, de fé, de memória e verdade. Tempo em que o mundo cristão contempla o sofrimento de um inocente nas mãos da hipocrisia e da politicagem dos poderosos de seu tempo. Cristo foi traído, julgado, humilhado e crucificado não por criminosos, mas por homens públicos, por sacerdotes, por falsos justos que, com os lábios, falavam de Deus e, com os atos, alimentavam o próprio orgulho.

E o que vemos em Muniz Freire, neste mesmo tempo sagrado? Um retrato assustadoramente semelhante. O que se passa aqui é um escárnio. Um verdadeiro teatro de dissimulação, orquestrado não apenas por quem ocupa formalmente o cargo de prefeito, mas, sobretudo, por quem age das sombras — as irmãs do chefe do Executivo, que se movimentam como se fossem donas da cidade, senhoras dos destinos alheios, rainhas sem coroa, mas com poder real.

Elas batem à porta do povo como se fossem mensageiras da paz. Mas levam nas mãos, não oliveiras, e sim chantagens sutis. Prometem ajuda, distribuem sorrisos, lançam olhares doces. Mas o que querem, no fundo, é silenciar a revolta legítima, desmobilizar a resistência, impedir que o povo enxergue o abismo que separa a realidade do discurso oficial.

Cristo lavou os pés dos humildes. Elas lavam as mãos diante do caos da cidade. Cristo ouviu o clamor dos pobres. Elas apenas fingem escutar, enquanto tentam preservar um império de influência e conveniência. Cristo subiu à cruz por amor. Elas percorrem as ruas por poder.

A diferença entre o Cristo e os fariseus era a verdade. A diferença entre a fé e o cinismo é a humildade. E é disso que Muniz Freire está sendo privada: de verdade e de humildade. No lugar disso, assiste-se à instalação de um projeto de dominação familiar que ignora as regras da democracia, atropela as instituições e trata o povo como massa de manobra.

O povo já carrega cruzes demais: abandono, promessas quebradas, saúde precária, escolas esquecidas, ruas esburacadas. E agora, querem jogar sobre seus ombros mais uma: o silêncio forçado diante do abuso do poder paralelo.

Mas o povo não é cordeiro levado ao matadouro. O povo acordou. O povo vê. O povo fala. E não vai se calar.

Que esta Semana Santa não passe como mais uma. Que ela seja símbolo de um renascimento ético. Que Muniz Freire desça do Calvário político que a empurraram. E que ressuscite em dignidade, em coragem e em justiça.

Porque o templo não é das famílias, é do povo. A cidade não pertence a um sobrenome, mas a todos. E se Jesus derrubou as mesas dos vendilhões do templo, quem somos nós para cruzar os braços diante de quem tenta vender a consciência popular por migalhas?

Muniz Freire não será mais vendida, nem traída. Porque o templo não é da família Silva, é do povo. A cidade não pertence a um sobrenome, mas a todos.

E se Jesus derrubou as mesas dos vendilhões do templo, talvez fosse hora de alguém dar uma passada na sede do Executivo — não para fazer milagres, mas só para lembrar que ali não é sala de estar, nem puxadinho de poder hereditário.

O relatório devastador sobre as irmãs do prefeito é apenas a primeira fagulha. Os órgãos já sabem — e o silêncio, por ora, é pura estratégia. Mas não são só elas: sobrinhos, filhos, amiga íntima… ninguém escapará. O buraco é tão fundo que até quem estiver por perto será tragado. Quando a verdade vier à tona, o clã Silva provará do gosto amargo do desmoronamento. Não restará nome, nem honra, nem legado. Pedra sobre pedra? Nem as cinzas.

Afinal, em Muniz Freire, parece que já se perdeu até a noção de vergonha. Fazem promessas como se distribuíssem bênçãos, circulam como se fossem santas populares e pregam “união” como se nunca tivessem praticado a exclusão.

A encenação continua: elas falam em nome do povo — sem jamais terem recebido um voto. Pedem união — desde que seja de joelhos. E, claro, exigem respeito — sem nunca tê-lo oferecido.

Muniz Freire já foi palco de fé, luta e coragem. Agora virou cenário de um teatro mal ensaiado, com figurino de humildade, roteiro de manipulação e direção centralizada no sobrenome errado.

Mas, como toda farsa, essa também tem hora para acabar. E quando a cortina cair, talvez elas descubram que o povo que hoje elas tentam calar… já decorou todas as falas. E está pronto para o ato final.

Feliz Semana Santa — principalmente para as “santas” do poder, que se esquecem de um detalhe simples: a cruz era de madeira, mas o peso da mentira é muito mais difícil de carregar. E quando a verdade ressuscita, não tem pedra no mundo que a segure. Feliz Semana Santa — especialmente para quem ainda acha que o povo se guia por palavras doces e olhos marejados. Cuidado: Judas também beijava.